terça-feira, 21 de abril de 2009

leve


abre os sonhos, corrige teus olhos
cachorros ainda nadam em mares vermelhos
e milhares de bolas coloridas num flutuar
mas na sala apenas uma mesa de jantar

eu já não sei quem é homem ou quem é mulher
eu já não sei quem são os animais
às vezes eu tento compreender
mas o espelho não me deixa ver
o que tem logo atrás

a vida é forte, insegura e friorenta
minha mochila é de pano
e em segundos ela arrebenta
eu corro entre os becos
pulo todo muro
mas o destino não agüenta

e até voar o mais alto do quadro
derramando os tecidos sobre as canetas
basta de tanta terra, é pesado meu fardo
mas minha vida fica leve quando te tenho ao meu lado

Um comentário:

Ananda disse...

Como pesa, às vezes, o fardo da leveza... Lembrei do livro. Bea tuas palavras que ao vento semeam encantamento. Sdds xeros