terça-feira, 25 de setembro de 2012

primavera

de poder viajar, ou ao menos se instalar em teu corpo
de poder te beber, ou ao menos te lamber, deliciar
de poder te encarar, ou ao menos te tocar, tatear
sigo com amores, flores e essa primavera
cada vez mais florida, cada vez mais amada
e te arranco pétala por pétala
e me envolvo folha por folha
preciso te viver, reencontrar tua vida
momentos de mim, momentos de ti
luzes me enfeitiçam, as mágicas me piram
tudo liquidifica e simplifica
mas essa vida é a que vivo e ela é tão complexa,
que mais cedo ou mais tarde tudo estará perdido