domingo, 25 de janeiro de 2009

desencontros


agitação, choques, intensidade
a sanidade se descontrai
risos forçados e chorados
a verdade nos olhares

constrói o mundo em que acredita
mas caiu na esquina mais próxima
foi tão burro quanto a casa em que vive
e acha que vai derrotá-lo se escondendo

presa em promessas da noite anterior
com desejos acima do império
com toques vigiados e controlados
e um medo de sentir-se humana

a vizinha enlouquece sempre
e busca informações vespertinas
pretendendo ter controle, mas nunca segui-las
apenas chora por ter vivido um outro mundo

sempre escreve sobre saudades
permaneceu um silêncio desconfortável
com medo, deixou apenas o mar falar
ficando eles no topo da pedra

mas enquanto tudo se desencontra
pequenos ainda sem chance de acreditar
numa vida sem cor, sem valor e sem dor
um mundo onde só quem pode dizer como é difícil para lê-lo, tentar vivê-lo e sonhá-lo serão eles.

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